Desbotada
É
o som mudo que invade
A
alma. E desassossega
Impede
que retrate a foto revelada
Que
enxugue a roupa lavada
Ou
desbote a pintura roubada
Foi
em abril, isto é verdade
Com
calma. A torpe luz que cega
Ela
se apresenta arrumada
O
cristal limpo, prata lustrada
Quebrado,
por dentro manchada
É
a capa, com a vil máscara posta
Quem
não conhece que aposte
A
bela pedra agostina
Do
segundo toque afina
A
mente que dorme e atina
É
a fada, mentira mais que sobreposta
Névoa
pérfida que atrai o que goste
A
pintura, que era com a linha fina
Os
traços marcados, seda noturnina
Mera
sombra do que era vespertina
L. A. Freire
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